Minha Poesia
Fácil lembrar do muito que vivemos
Juntos, quantas verdades trocamos
Dias , noites, sem hora definida
Fazendo um do outro, o melhor da vida
E se nunca menti pra você
Não há como afirmar que tudo te disse
Porque faltou tempo e fiquei à mercê
Vendo o dia em que de novo voltasse
Esperei, como quem sabe o caminho
E impaciente chorei, muitas vezes sozinho
Procurando consolo nas letras de alguém
Como se assim as emoções acalmassem
Até que, por fim, de alegria eu canto!
De novo estou vivo em tua companhia
Me cobrindo no calor do teu manto
Minha grande amiga que volta, a Poesia
Conversa Com Verso é uma viagem da alma.
Despretensiosa, sem destino fixo, mas cheia de emoções.
Embarque e se gostar da viagem, compartilhe!

Amor em Pedaços Pra quem diz que só se ama uma vez Desculpe, mas não me leve a mal Amei muito, intensamente, todas as três Embora nenhuma de forma igual. A primeira, doce, quase platônica Marcou-me na adolescência Tem lugar guardado em mim: Mônica Com quem compartilhei minha inocência. Trocamos sentimentos no olhar E lembro de um leve tocar de dedos Numa manhã com sol a brilhar Tornando claro nosso amor em segredo. A segunda, imensa, extravasando alegria Tão curta, mas inesquecível de tão marcante Não seria eu sem conhecer você, Lúcia Me iluminando, mesmo que brilhe distante Vivemos o amor que faz sonhar E um único beijo, jamais o esqueço Até que a separação me fez acordar Tornando-me um novo velho moço A terceira, longa, também verdadeira Começou aos 18 e seguimos pela vida Juntos, minha grande companheira Até me ver só com sua partida. Em comum, além do amor, a poesia Que acha rima com Mônica Lucia Helena e Maria Minha Maria Verônica Haverá espaço nesse meu coração - Pergunta essa indiscreta - Pra um grande amor outra vez Que seja infinito enquanto dure? Não! Desculpe-me Vinicius de Moraes, o Poeta Mas quatro quebra a rima. Eu fico nas três

Dúvidas? E se a vida fosse somente Como um sonho acordado Sem futuro do presente Ou Particípio passado? Um verbo sem conjugação Ocorrendo na ausência do tempo Entre o que se sonha e sua emoção Acontecendo no mesmo momento? E se a vida fosse assim Um despertar mais bonito De um sonho realizado, enfim Num mundo de possibilidades, infinito? Mas o que é a vida Se não essa esperança Que ela não termine na partida De quem não nos sai da lembrança? Dizem: e se não for nada disso? O que seria a vida então? Um pesadelo passadiço? Um vai e vem sem razão?

Cicatrizes O passado tem lá seus motivos Há de ter! Essa a esperança de quem restou A buscar, nesse chamado mundo (dos vivos) Como sarar uma ferida que nunca fechou? Em comum tinham a pouca idade E também dividiam a mesma sensação estranha. Um com jeito moleque; outra, mais maturidade Ambos ardendo de amor, desde as entranhas. Não sofre mais pra entender o por quê Já que a vida sofrida ensinou E nas lições repetidas, dos anos que passam, Vai aprendendo a rejuntar o que o tempo separou. Sofre da saudade própria de dois que se amaram E do procurar aflito de quem olha e não mais vê

Sem tempo Diz o poeta: O tempo não para. Mas pro cientista, ele é relativo Só uma verdade talvez escancara Se penso, parafraseando, logo estou vivo. O que faz parte do passado, lembrança Fazendo também do presente, saudades Poderá retornar no futuro, esperança Ou são brincadeiras do tempo, casualidades? Cada noite abrindo caminho, um novo dia No vai e vem de oportunidade infinita, ou não? Mas, de fora da Terra, quem olhasse veria Que mesmo esse tempo não passou de ilusão Então, tudo segue viagem, sem rumo? De fato, não creio; não faria sentido Mas ainda que fosse só mesmo miragem, em resumo Com toda força te grito: cada dia valeu ser vivido!